Monday, November 14, 2011

A um passo da realidade...

O sonho começa como qualquer outro: Estou andando por uma rua ladrilhada de paralelepípedos. A luz oscilante de um poste os colore em um tom alaranjado. Não, alaranjado não é o tom certo, talvez algo mais próximo ao amarelo. O que indica que estou tentando voltar para casa. Siga a estrada de tijolos amarelos.
Chove um bocado, mas não o suficiente para incomodar. Chove apenas o suficiente.
Eu caminho sem me preocupar com a chuva, carrego a minha guitarra em uma mão, e a minha mochila com o resto do equipamento nas costas. Quanto mais eu ando, mais a rua dos paralelepípedos alaranjados se estende, como se eu nunca fosse chegar. Dos dois lados tem casas, mas estas não se iluminam com a luz do poste.
Eu vejo a silhueta de um homem (Scaramouche?) no final da rua, e ele parece se esconder atrás do muro de uma das casas, o que me deixa apreensivo. Eu continuo a andar, e percebo pequenos postes de um lado da rua. O que me deixa mais apreensivo, pois eles parecem com figuras de traços ligeiramente humanos, a medida em que me aproximo. Eles me observam, me julgam, mas não me atacam.
Eles estão dispostos em espaços iguais, e agora eu me preocupo, pois o vulto não dá nenhum sinal de onde estaria.
Eu fico imaginando se foi só alucinação minha, ou se tem algo ou alguém querendo me pegar. Eu acordo do sonho, e respiro aliviado, até ver minha camisa jogada no sofá, molhada, assim como minha mochila e a maleta em que carrego a guitarra.

Easy come, easy go
Will you let me go?

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